Realidade Estendida: VR, AR, MR — Qual é a diferença? 

Leitura: 4 min
VR, AR, MR qual a diferença

O que é Realidade Estendida? 

Inicialmente, cabe salientar que a expressão Realidade Estendida (XR) refere-se aos diversos ambientes reais e virtuais criados através da computação gráfica e de wearables – todo e qualquer dispositivo tecnológico que possa ser utilizado como acessório ou, ainda, que seja vestível. 

No termo XR, o “x” representa qualquer letra que assume o papel de variável nas formas de realidades alteradas virtualmente, quais sejam: Realidade Aumentada (AR), Realidade Mista (MR) e Realidade Virtual (VR). 

Veja, a seguir, algumas das expressões mais utilizadas nesse contexto de tecnologias imersivas.

Realidade Virtual (VR) 

Possivelmente a mais conhecida, abrange todas as experiências virtualmente imersivas, criadas através de conteúdo puramente do mundo real (vídeos 360 graus), puramente sintético (gerado por computador) ou por conteúdo híbrido (mistura de real e sintético). 

Para possibilitar a experiência nesse tipo de ambiente, é necessária a utilização de um dispositivo de interação, como computadores, smartphones, controles de vídeo games, dispositivos de rastreio espacial, dentre outros. Hoje é mais associada aos headsets de realidade virtual, dispositivo de exibição utilizado na cabeça com pequeno display óptico em frente a cada olho. Dessa forma, estes headsets conseguem imergir o usuário em um mundo completamente virtual. Os headsets mais conhecidos são o Meta Quest e o HTC Vive

realidade virtual

Realidade Aumentada (AR) 

Traduz-se em uma sobreposição de conteúdo gerado por computador no mundo real. Neste modo de interação, o conteúdo aumentado reconhece objetos físicos do mundo real, onde os dois se mesclam.  

Podemos citar, a título de exemplo, o recurso de filtros de câmera disponíveis nos aplicativos de interação social, que rastreiam o rosto do usuário para adicionar elementos interativos virtuais em tempo real. A realidade aumentada é a responsável por modificar a aparência do rosto das pessoas nestes aplicativos de interação social através destes filtros. 

Os programas da rede Globo de televisão, como Jornal Nacional, Fantástico e Big Brother Brasil, já utilizam o recurso há muito tempo. Com ajuda de uma câmera de captura, os elementos virtuais são introduzidos e mesclados com as imagens capturadas, criando um ambiente aumentado pronto para transmissão ao vivo.  

Outro exemplo de realidade aumentada é o mais recente aplicativo móvel da IKEA, o IKEA Place. Trata-se basicamente de um recurso através do qual o usuário seleciona um item do catálogo e, com o auxílio da câmera de seu dispositivo móvel, posiciona a mobília criada virtualmente em qualquer lugar de determinado ambiente, que automaticamente é dimensionada para caber no espaço.  

realidade aumentada

Realidade Mista (MR) 

Responsável por remover os limites entre a interação real e a virtual via oclusão, ou seja, os objetos gerados por computador podem ser visivelmente obscurecidos por objetos no ambiente físico.  

É possível através de um headset de realidade mista que o usuário coloca na cabeça. A tela deste dispositivo não é como a tela dos dispositivos de realidade virtual. Aqui nós temos uma lente transparente, onde o usuário não perde a comunicação visual com o mundo real. Porém, o dispositivo projeta um holograma virtual nesta tela com informações e elementos adicionais, de forma que o usuário continue se comunicando com o ambiente real ao seu redor e interagindo com os elementos virtuais ao mesmo tempo.  

realidade estendida

A Microsoft é uma das empresas que investem nessa tecnologia. Hoje eles estão comercializando o modelo de dispositivo HoloLens, que está em sua segunda versão. A Occipital, Startup de computação espacial, está avançando neste campo, tendo como principal produto um headset de realidade mista, conhecido como Bridge, que oferece aos usuários capacidades similares ao do HoloLens.  

Pode-se notar no vídeo de introdução do Bridge um robô virtual amigável chamado Bridget. No aplicativo, Bridget pode pegar uma bola e navegar pelos objetos físicos da sala. Assim, com mapeamento preciso da sala, a Realidade Mista (MR) oferece algo que a Realidade Aumentada (AR) não oferece – um nível totalmente novo de interação real-virtual. 

Mas, afinal, como diferenciar e reconhecer esses três conceitos de forma simples? 

Primeiramente, faz-se necessário observar os aspectos práticos de sua utilização. Quanto à experiência do usuário e à visualização, a Realidade Virtual (VR) e Realidade Mista (MR) são muito semelhantes, uma vez que ambas oferecem ambientes totalmente imersivos, criados para ofertar uma realidade em 360 graus e em 3D. Já a Realidade Aumentada (AR) é mais limitada, já que disponibiliza apenas imagens em 2D nas telas de dispositivos eletrônicos. 

Importante frisar, inclusive, as aplicações dessas tecnologias nas empresas, que englobam desde a área de vendas, marketing, produção, planejamento e desenvolvimento de produtos de diversos negócios, como: 

  • experimentar virtualmente produtos;
  • enriquecer a experiência do usuário;
  • interagir e colaborar à distância;
  • disponibilizar o acesso a informações;
  • criar e testar protótipos.

Para completar, convencido de que vale a pena o investimento em equipamentos utilizados para manipular o ambiente virtual, saiba que tanto a realidade aumentada quanto a mista e a virtual impactam positivamente os resultados dos negócios ao: 

  • guiar a interação de robôs e sistemas de automação com o ambiente físico;
  • resolver objeções de clientes em vendas online;
  • aumentar a autonomia e a praticidade da realização de tarefas à distância;
  • melhorar a experiência dos usuários e elevar seu engajamento;
  • reduzir custos de testagem;
  • atrelar inovação às características de marca percebidas pelo público;
  • ampliar o rendimento dos colaboradores em treinamentos;
  • otimizar processos e evitar falhas antes de implementá-los.

Tem-se que, após todo o exposto, considerar a aplicação destas tecnologias é hoje de grande relevância, já que aplicá-las na sua empresa pode agregar um grande diferencial competitivo. Para tanto, o ideal é analisar as aplicações práticas de cada uma no seu segmento e os potenciais impactos nos resultados. 

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